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Minha Opinião – Abril 2010

Quando eu era jovem fiquei assustado com a Cartilha única que o então Presidente Jango Goulart queria impor no Brasil. Era a decretação do comunismo radical.

Este trecho eu copiei do texto de um jornalista.

Ninguém vence sem competição e sem derrota de outrem; ninguém sobe sem deixar outros abaixo; ninguém recebe aplausos sem o desprestigio de vaidades alheias e sem o rancor de veleidades insatisfeitas.”

Não existe nada tão verdadeiro como o mal que uma vitória pode causar. Em nome da vaidade filosofias e organizações físicas e jurídicas se destroem. Na vitória tudo é falso. Ela é a face contraria da derrota, por isso são ligadas e inseparáveis.

Vi em um caseiro campeonato de natação um pai oferecer à sua jovem filha uma bicicleta como premio se ela vencesse uma prova. A filha perdeu e o pai deve estar até hoje amargando a sua estúpida atitude. Veja a que ponto a necessidade de vencer mexe com as pessoas. Entre sorrisos e abraços a menina vencedora não percebeu os olhos cheio de lágrimas da sua amiga que acabara de ver destruído o seu sonho de ganhar uma bicicleta. Causa? A vaidade de um pai.

O Claudio Freire disse que não importa a Umbanda ter muitos adeptos, o que vale é a fé dos seus poucos seguidores. Apesar de não serem tão poucos assim, o aumento da popularidade da Umbanda, segundo o Claudio, não vale nada. Refleti e agora concordo com ele. Do que adianta a força e o aumento de adeptos dos evangélicos se um time inteiro de futebol, o Santos do Pelé, não tem a humildade de cumprimentar crianças doentes porque o hospital onde elas estão hospitalizadas é espírita? São vitoriosos? Não sei, acho que não. Se vitória for isso, quero ser um perdedor. Acho até que se o Robinho jogar no time da seleção brasileira vou torcer pelos argentinos. O Neymar, o Ganso, o Fábio Costa, o Durval, o Léo, o Marquinhos e o André, que se recusaram a sair do ônibus para demonstrar caridade, que fiquem rebolando feito palhaços dentro do campo de futebol com suas coreografias sem graça. A espiritualidade não precisa de pessoas assim. Viva a pouca e boa gente da Umbanda!

Na concepção de um político, todos que não são do seu partido político são adversários e, por conseguinte, maus administradores. Se o Lula ganhar a eleição quantos perdem? E se ele perder os outros serão vitoriosos? E nós, eleitores, ficamos olhando? Aliás, olhando o que?

Quando o Mike Tyson vence uma luta, já repararam o estrago que ele causa no adversário? E nós aplaudimos esses animais? Eles enchem as suas sacolas com milhões de dólares, e nós, enquanto batemos palminhas em homenagem as feras, continuamos preocupados com nosso baixo salário.

Quando foi criado o conjunto musical chamado “Secos & Molhados”, seu destaque era o Ney Matogrosso. Ele era estranho e eu não gostava de seu tipo exótico. Hoje, perto das figuras dos cantores tanto estrangeiros como brasileiros, o Ney é lorde inglês. E os malucos atuais fazem sucesso!

Quando eu era jovem fiquei assustado com a Cartilha única que o então Presidente Jango Goulart queria impor no Brasil. Era a decretação do comunismo radical. Torci por uma revolução e ela aconteceu. Isso em 1964. Os políticos da época declararam e comemoraram a vitória do Exército. Eu também aplaudi. E daí? O derrotado foi o Jango Goulart? Ou todo o povo brasileiro que teve que se submeter a um longo regime político que nunca fez o nosso gosto.

Assim é a vitoria e a derrota. Inexplicável!

Por tudo isso os umbandistas não devem querer ser melhor que os outros porque somos todos iguais. Os Pais e Mães de Santo não devem se envaidecer achando que seus Terreiros são os melhores e que suas filosofias é que são as certas. Devem respeitar a diversidade da religião. Internautas e blogueiros, não discutam entre si, ao contrario, aprendam uns com os outros. Não existem vitórias em confrontos e demandas.

Li ou ouvi em algum lugar que a real vitória é quando nós derrotamos os nossos próprios defeitos.

Essa é a minha Opinião!

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