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Curso de Iniciação de Canto e Atabaques do Terreiro do Pai Maneco

No próximo sábado aconteceu a aula inaugural, com a segunda turma, do Curso de Iniciação de Canto e Atabaques do Terreiro do Pai Maneco. A atividade é gratuita e será baseada na apostila oficial do terreiro. O curso é aberto para integrantes das giras do terreiro.
Segundo o Pai Bitty de Ogum, o curso oferece a iniciação para as aulas de canto e atabaques. Serão abordados temas como a historicidade dos instrumentos de percussão usados na Umbanda (atabaques, agogô e o adja principalmente); os ritmos e toques mais utilizados nos rituais da Umbanda (teoria e prática); métodos percussivos (em membranofones – instrumentos com peles esticadas/atabaques); historicidade dos pontos cantados (origem) e elementos musicais (harmonia, melodia e ritmos). “Vamos ensinar estes elementos do canto, seguindo a apostila oficial do Terreiro do Pai Maneco: O Canto e os Orixás”, explica.
“Ao mesmo tempo, sempre estaremos fazendo um trabalho de integração e vivências de corporalidade, conscientização e despertar do corpo como instrumento energético de vibração e ritmos sonoros: movimento, equilíbrio, postura, base, respiração, técnicas de voz e canto, entre outros elementos da dinâmica corporal, para gerar energia para a magia da Engoma/Curimba”.
“Teremos uma palestra de formação de grupos, com o nosso irmão e atabaqueiro, delegado titular do Grupo TIGRE (Tático Integrado de Grupos Especiais Tigre) da Polícia Civil do Paraná, referente a criação de unidades especiais e espírito de grupo (integração, empatia, motivação, gerenciamento de crises). Com dinâmicas de grupo para a formação de uma unidade/conjunto”.
Bitty explica que tudo começou seguindo a ideia da filosofia do Caboclo Sete Ponteiras do Mar: terreiro sem paredes. “Foi criada uma crença limitante de que as pessoas não teriam acesso de tocar atabaque, cantar na engoma e tal. Claro que existe uma permanente, mas a ideia da Lucília foi de abrir e, também de trazer mais perto essa magia do canto, porque muitas vezes as pessoas estavam até esquecendo do sagrado do ponto cantado. Então para quebrar essa barreira, essa ideia limitante, foi feito o primeiro curso e a gente criou o formulário, com algumas perguntas e, para nossa surpresa, mais de cinquenta e seis pessoas responderam o formulário mostrando a intenção de fazer parte da engoma. Simplesmente aprender a cantar os pontos e tocar tabaque”.
“A ideia é que o curso se torne permanente. Nesse momento de isolamento social de pandemia, todo ponto é um mantra. E tem aqueles pontos de cura. Então, é a ‘farmacopeia musical’ dos pontos cantados para cada sintoma. A pessoa está tensa e descontrolada, com raiva, vamos cantar um ponto para acalmar, arrumar o espírito. Então, essa é a magia do ponto cantado que está naquela explicação do seu Junco Verde, as magias da Umbanda”.
**Novas turmas serão abertas em breve. Fique ligado nas nossas redes socias.

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