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Conectando a moda com a espiritualidade

por Ana Cardoso

A importância da consciência da vestimenta no terreiro

Ligar dois assuntos aparentemente tão distantes como moda e espiritualidade é um desafio. Refletir sobre o que pode ser relevante dentro de um jornal cujo público-alvo é umbandistas e simpatizantes da religião foi um exercício interessante para mim, médium de corrente e figurinista de profissão.

Primeiro, quando me refiro à moda, estou falando de comportamento. Da forma que cada um se apresenta para a sociedade, independente de seguir ou não alguma tendência ou modismo. E, partindo desse ponto sociológico de que ela nos representa como coletivo e individual, penso numa primeira questão: a dificuldade de trabalhar o excesso de adornos dentro de uma gira. Sim, somos seres humanos e a necessidade de distinguir-nos uns dos outros é uma característica inerente a nossa espécie.

Vestimentas e acessórios tornam-se, então, um aliado para essa diferenciação. Talvez, por isso, seja tão difícil se desprender da estética, mesmo dentro de um centro espiritualista. Porque somos pessoas e a observação e a autocrítica fazem parte de nós.

O que não podemos esquecer é que a Umbanda é justamente o oposto: a diferenciação é deixada de lado. Os médiuns são os representantes da religião e, por consequência, da humildade, caridade e desapego material que ela representa. Portanto, o branco – falaremos dele na próxima edição – é também um “uniforme”, um instrumento de igualdade entre os umbandistas. Por aqui, os estilos se tornam um único e o aprendizado em relação à vaidade deve ser constante. Porque a Umbanda é assim, é simples e pura. Saravá.

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