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A Umbanda Não Faz Amarrações

“Boa tarde!
Estou passando por um momento difícil de separação com meu ex namorado, me disseram que foi feito um trabalho para me afastar dele para não haver entendimento.
Eu não consigo comer, dormir, estou com medo, angustiada e choro muito.
Não tenho ânimo para nada, sinto uma angústia horrível.
Vocês podem me ajudar?
Preciso tentar desfazer isso.
Estou muito atormentada com tudo isso.”

Este é um dos (muitos) e-mails que recebo todos os dias. Por razões óbvias omitirei o nome da remetente.
Para vocês terem uma ideia, no mês de janeiro foram 76.439 visitantes; em fevereiro 71.366; março 79.308; e, neste mês, já foram 53.689 visitas. Ou seja, hoje é dia 21 de abril e já temos 280.802 visitas no ano de 2015.
Por isso, a responsabilidade em responder os e-mails é muito grande, ainda mais se considerar que nos procuram no momento de desespero, quando todas as outras alternativas não foram suficientes para resolver o problema. É no momento de desespero mesmo.
Ocorre que uma grande porcentagem dos e-mails que eu recebo, são de pessoas pedindo amarrações, ainda que tenhamos nos preocupados em divulgar em nossa página principal um espaço dedicado a este assunto: NÃO FAZEMOS AMARRAÇÕES!!!
O insucesso amoroso e o sofrimento decorrente desta perda, faz com que as pessoas acreditem que sejam “trabalhos feitos”.
É evidente, fica mais fácil acreditar nisso. A justificativa é pensar que tudo acabou porque alguém fez trabalho para desmanchar o romance. Resolvido.
A verdade é que a estatística da quantidade de consultas sobre o assunto e a existência de trabalhos realmente feitos, é mínima. Vi pouquíssimos casos em que havia trabalho feito.
Mas, nós dirigentes, temos que lidar com a dor e os sentimentos de quem nos procura. Não há medida para a dor. Compete a nós saber as palavras certas, já que quem transmite as palavras das entidades somos nós (médiuns).
Não podemos ser levianos. Não podemos receitar magias. Não temos como trabalhar energeticamente com a pessoa (via internet). Mas, se alguém nos procurou, temos o dever moral de tentar tirar um pouco desta carga do desanimo, do desafeto, da perda da auto estima.
ESPERANÇA é a palavra da minha ordem. Espero honestamente que aquelas palavras ajudem a quem quer que seja.
E, ainda, espero que algum dia uma destas pessoas venham a procurar a Umbanda em um outro momento.

Para que vocês não fiquem curiosos, segue a minha resposta e tentativa de passar alguma coisa boa, assim como um pouco da filosofia da nossa Umbanda.

“O que eu vou te falar vai te parecer grosseria minha mas não é, acredite!
Você está machucada e busca uma justificativa para se sentir melhor e se agarrar em uma coisa que te disseram.
Lute para ficar bem e passar por isto para crescer e reconhecer-se.
Vá caminhar de manhã, aproveite o sol, procure outros círculos de amizade, vá numa mata, tome banho de mar, passeie.
Tente fazer deste seu momento difícil um momento seu para avaliar seu relacionamento, sua vida.
Busque coisas e lugares novos, reze, leia.
Só se ficar bem é que pode reconquistá-lo.
Se fizeram trabalho não interessa, só a alegria é que desfaz magias deste tipo e trás seu amor de volta.
Saravá!”

Axé,
Lucilia

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