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Quero começar o meu relato agradecendo a acolhida que tive no Terreiro do Pai Maneco.

por Cristina Mello – Gira de segunda

Querida Lu,

Parei pra pensar no que eu ia escrever pra você. Então me lembrei deste texto que fiz para o seu pai há três anos. Tive a certeza que este texto representa ainda o que eu sinto pelo Terreiro e em especial por você, como Mãe de Santo, como pessoa e como amiga.

Caríssimo Pai Fernando,

Quero começar o meu relato agradecendo a acolhida que tive no Terreiro do Pai Maneco.

Há mais ou menos 3 anos eu comecei a freqüentar o Terreiro, fazendo parte da assistência.

Desde o primeiro instante me chamou a atenção a força dos pais de santo, a energia positiva dos médiuns, a alegria da corrente e o astral que o espaço transmite.

Tenho certeza que toda esta energia é fruto da orientação espiritual que é passada com muita força e luz para todos os integrantes do terreiro.

Hoje faço parte da gira de segunda, e me sinto na obrigação de dizer o quanto tem me feito bem fazer parte do Terreiro Pai Maneco, da Gira, da Umbanda.

Quando decidi fazer parte da gira, já vinha freqüentando o Terreiro há mais de um ano.

Sou empresária, tenho uma vida extremamente atribulada, tomo muitas decisões todos os dias e meu trabalho se dá em grande parte no plano racional.

Tinha muitas dúvidas em assumir o compromisso de entrar para a gira. Muitas vezes, o lado racional falou mais forte. Mas, a cada gira que freqüentava era um passo que dava na direção da umbanda.

Numa gira fui atendida pelo cigano Rossano, que foi extremamente esclarecedor e conseguiu me colocar de uma forma muito clara e maravilhosa o que significava fazer o batismo da umbanda. Fez com que eu recebesse naquele momento a cigana e concluiu que a decisão seria só minha, e fez questão de deixar claro que não existiriam penalizações ou sofrimentos, caso eu tomasse a decisão de não entrar para a gira. Mas se entrasse, poderia participar de um processo muito gratificante do trabalho espiritual.

Nestes anos que participo da corrente me sinto num aprendizado permanente.

Muitas vezes indo para gira, me perguntei se eu não estava sugestionada, se as minhas novas crenças não estavam sendo fruto de auto sugestão, influências ……. .

A cada gira, a cada atendimento (sou cambone), vinha uma resposta para as dúvidas infundadas. A cada nova dúvida, uma nova resposta.

Quando recebo algum convite para segunda –feira e digo que não posso, pois tenho compromisso, não sei se digo que faço um trabalho voluntário, se vou para a terapia, se estou participando de um grupo de energização ou simplesmente indo para o “batuque”. Na verdade eu vejo, hoje, que a gira (Umbanda) é tudo isto e muito mais.

Pois foi neste espaço que fui capaz de entender que os problemas existem, mas o jeito, a força e o sentimento que você dispende em cada situação é que vai fazer a diferença. E a Umbanda te ensina a ser forte, a ter equilíbrio.

Com os problemas enfrentados, a gente sai fortalecido e, com certeza , muito mais preparado para um novo dia.

Que o TEMPO, quando você percebe que está protegida, é só um dia a mais. Mas a gente precisa entender o TEMPO e o nosso papel no processo da conquista.

E quantas vezes a gente se dá conta que aquele pedido, que nos parecia muito, muito importante, vai perceber lá na frente, que se tivesse sido atendido, poderia ter nos prejudicado. Isto é a Umbanda, isto é o Terreiro do Pai Maneco, isto é fruto do trabalho praticado no terreiro.

Mais uma vez muito obrigada.

Com muito carinho

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