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Minha Opinião – Agosto 2009

Cheguei no Rio com sol e temperatura acima de vinte e cinco graus. Já fiquei feliz…

Eu tinha uma admiração muito grande pelo Leonel Brizola, com aquela sua fala mansa, marota e bandida às vezes. Era carismático e eu acompanhei entusiasmado a sua trajetória política. Sempre depositei meu voto quando era candidato. Politicamente ambicioso mudou seu domicilio eleitoral para o Rio de Janeiro e conseguiu ser eleito governador. Foi neste mandato que deixei de gostar dele. O Brasil e parte do mundo estava indignado com o famoso arrastão dos moleques na praia de Copacabana no Rio de Janeiro. Eu também fazia parte dessa massa revoltada porque ninguém admira a violência e a malandragem. Esperava ansioso a palavra do Leonel Brizola, pois esse fato aconteceu durante a vigência de seu mandato. Infelizmente o meu líder perdeu as estribeiras e declarou que os meninos precisavam de piscinas publicas o que evitaria que vivessem na marginalidade. Rasguei minha carteirinha de fã do governador. Ele não soube respeitar a dignidade de seu líder, o falecido Getulio Vargas, fazendo uma declaração revoltante e indigna do povo brasileiro que está longe de aceitar papo furado de político profissional. Minha fé no anarquismo ficou mais forte. Então, desde aquele episódio eu não fui mais para o Rio de Janeiro. Minha impressão de Copacabana era as cenas que assisti nos canais de televisão. Claro que não foi o arrastão que me fez não visitar mais a Cidade, mas a minha preguiça costumeira de deixar as minhas coisas de casa. Só mesmo a Umbanda e o Ronald, Mauro e Luna para me fazerem viajar para lá. Ah, também as promoções das passagens aéreas pesaram na minha decisão.

Saí de Curitiba domingo com chuva e temperatura de seis graus. Cheguei no Rio com sol e temperatura acima de vinte e cinco graus. Já fiquei feliz. Fui passear na praia do Ipanema. Mulheres feias, bonitas, moças e velhas. Homens fortes e fracos, moços e velhos. De todo tipos iam e vinham, uns correndo outros andando. Um verdadeiro festival de saúde e felicidade. Procurei algum marginal. Acho que o Brizola construiu as piscinas, porque não vi nenhum pedinte ou pessoa mal encarada. Ao contrario, os cariocas estavam muito mais cariocas. Que povo gentil! A Cidade do Rio de Janeiro simplesmente está maravilhosa. Nas ruas não vi nenhum lixo exposto ou sujeira nas ruas. Grande Sergio Cabral. Fiquei seu fã. Não tanto, mas fiquei. À noite olhei o Paizão todo iluminado e braços abertos, prognosticando que a minha ida ao Rio de Janeiro seria recompensada. E foi. Inauguramos o Terreiro do Pai Maneco no Rio de Janeiro, com uma gira cheia de força e alegria. Foi lançada a semente. Acho que agora devo voltar com mais frequência a esse lugar abençoado, mesmo porque já tirei da idéia o arrastão e tenho vivo na minha lembrança tudo de bom que assisti e vivi nesses três dias. Acho que o Terreiro do Pai Maneco vai crescer nessa Cidade mais que Maravilhosa.

Essa é a Minha Opinião!

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