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Minha Opinião – Dezembro de 2007

Acho que os médiuns não devem beber nem fumar.

Como a Umbanda ainda não completou cem anos está passível de ter que se adequar com situações novas. Sempre disse que ela deve evoluir, mas em respeito à tradição, prefiro dizer que ela deve ser modificada, ao menos para fugir das mesmices das outras religiões.

Sempre entendi como a grande magia da umbanda o uso do álcool e do fumo. Eu particularmente senti na carne essa coisa estranha que é beber e não se embriagar, e mesmo fumar vários charutos seguidos e não sentir nenhum enjôo. Isso, apesar de me deixar assombrado, não se encaixa dentro de um costume sadio e espiritualizado. Sei que os espíritos não bebem e nem fumam, então porque os médiuns têm que beber e fumar? A explicação mais lógica até agora que me foi dada é que é para embriagar o médium e facilitar o domínio de sua mente pela entidade comunicante. A fumaça serve para defumar. Vou seguir nesta linha. Se houver explicação melhor, avisem-me que volto atrás.

O médium ingerindo bebida alcoólica com a intenção de permitir ao espírito o domínio de seu mental, deixa a comunicação capenga. A terceira energia (espírito do médium e do espírito) formada por duas inteligências, com o porre do médium, metade fica prejudicada. Não seria melhor se essa incorporação fosse totalmente inteligente? Ou seja, a mente espiritualizada da entidade somada com a do médium, devidamente preparada? O fumo durante as sessões de descarrego está sendo usado como defumador para limpar os pacientes, inclusive pessoas doentes e crianças. Isso está certo?

Em nosso terreiro eu não incentivo o uso da bebida e do fumo, deixando isso a critério de cada médium. A maioria deles já está dispensando esses vícios. Achei isso muito bom, demonstrando a maturidade de cada um. Explico a eles que às vezes, apesar do espírito tirar antes de se afastar todo o efeito daninho do álcool, eles podem confundir a embriaguez com a mediunidade inconsciente. Explico: “bêbado, no dia seguinte, não sabe as besteiras que fez…”

Na minha trajetória no espiritismo perdi a conta de quantos médiuns eu já fiz desenvolver suas mediunidades. Sempre usei como principio o conhecimento, a limpeza do perispirito e a honestidade. Tento passar o que eu sei sobre todas as técnicas de incorporação e concentração, ensino os banhos de ervas e a paz que deve anteceder todas as incorporações, e peço que me comuniquem tudo que lhes acontece, para eu poder avaliar até que ponto o médium está preparado. Quanto ao uso do fumo também lhes ensino toda a técnica da limpeza astral, o que será muito mais eficiente que uma baforada mal cheirosa.

Acho que os médiuns não devem beber nem fumar”.

Essa é a minha opinião!

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