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Minha Opinião – Julho 2008

Para quem não sabe, Patrimônio Imaterial é tudo aquilo que faz parte da cultura e não tem como ser exibido fisicamente. É base cultural de um povo.

Perguntaram-me o que eu pretendia fazer para festejar o centenário da Umbanda. Sem hesitar respondi perante o questionador e mais trezentas pessoas que não existe nada para ser festejado. Em todo caso, como todos fazem parte do nosso terreiro, deixei a questão por conta deles, aguardando sugestões. Algumas foram feitas, desde a vigília sob o som de trombetas até um encontro musical. Não gostei de nenhuma, até que apareceu uma idéia de um grupo de umbandistas: a tentativa de sensibilizar as autoridades para que em seu centenário a Umbanda seja reconhecida como patrimônio imaterial. Achei que a idéia tem corpo e saúde, parecendo ter o dom de unir os umbandistas. Isso sim será motivo para uma grande festa.

Para quem não sabe, Patrimônio Imaterial é tudo aquilo que faz parte da cultura e não tem como ser exibido fisicamente. É base cultural de um povo. Por ser um assunto de grande valia para a solidificação da Umbanda como religião autenticamente brasileira, resolvi de imediato associar-me a esse movimento. Ele também me atrai uma vez que o seu criador é a voz dos umbandistas, aquela força que não tem cor, sexo ou classe social. Por esse motivo os membros de nosso terreiro estarão misturados com os membros dos outros terreiros que trabalham na idéia. O terreiro do Pai Maneco apenas assumiu a tarefa de por à disposição desse grupo o seu site onde foi feito um programa especial para a lista de adesões. Essa lista ficará à disposição de todas as organizações que queiram por um motivo ou outro usá-la em beneficio da Umbanda.

Estamos convocando todos os membros, adeptos ou simpatizantes da Umbanda para que se unam a esse chamado, inclusive assinando a lista de adesões a qual já está disponível em nosso site.

Acho que o reconhecimento da Umbanda como cultura brasileira e o respeito que todos devem ter pela diversidade da religião deve ser protegido pela vontade soberana dos umbandistas comuns e que não se subordinam a mandos e desmandos religiosos. Os pequenos unidos sempre terão a força e o respeito de todos. Hoje eu comando um terreiro relativamente grande e abri mão dele para marchar em algum lugar da multidão que com certeza vai fazer a umbanda ser definitivamente respeitada.

Essa é a minha opinião e desta vez tomara que seja a de todos.

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