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COMO CAÍ NA UMBANDA – Por Renato Reveles

Minha apresentação à Umbanda se deu há muitos anos atrás, por sugestão e na companhia de uma pessoa muito querida, então relacionada à família do Pai Fernando de Ogum.
Vencendo meus arraigados preconceitos familiares e mineiramente desconfiado, comecei a acompanhar os trabalhos no terreiro do Pai Edmundo Ferro, seu Fernando então membro da hierarquia da gira, e eu sentindo da assistência aquela estranha vibração e emanação de energia, que me centrava e aliviava, quaisquer que fossem as preocupações, anseios e demandas. E desconfiava.
Com o tempo, Pai Fernando começou o trabalho próprio já na capelinha da Faculdade Espírita, o início do TPM, em paralelo aos trabalhos da Tenda São Sebastião, que continuei a frequentar, desconfiando……
À época existia lá o procedimento (que mãe Lucília reintroduziu recentemente em nosso terreiro), quando após a vibração da assistência, os médiuns separavam algumas pessoas para girar. Comecei a notar que eu era regularmente escolhido, mas nada acontecia, desconfiado!
Até que numa noite, se não me falha a memória gira de Exu, tudo girou, até que, desconfiado no turbilhão de sensações e vozes, literalmente esborrachei no chão. Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima, gira que segue e vamos para casa ao final.
Sábado pela manhã, acordar, escovar os dentes e, ao espelho, olho roxo, mais boa parte do rosto idem, parecia um perdedor de luta MMA.
Semana que segue, trabalho e explicações para o roxão, sempre meias-verdades, enfrentando o olhar desconfiado de todos, até que, numa reunião de trabalho com o então colega Fernando Augusto, abro o jogo e conto pra ele que, após rir muito falou: “Estás dentro da Gira”. Desconfiei de novo…. O que significa isso???
No sábado a resposta veio. Ainda apenas como um “conhecido”, fomos visitar o Pai Fernando e Dona Yedda, e na conversa ele comunicou que iria começar sua própria gira na então casinha lateral da Faculdade Espírita, e que eu deveria ir, de branco, começar minha trajetória nesta santa casa, já então Terreiro do Pai Maneco.
Desconfiado como sempre descobri: Caí na UMBANDA! E aqui estou até o momento, buscando ajudar na simplicidade pregada pelo amado Pai Fernando de Ogum e praticada pela mãe Lucilia e demais dirigentes e irmãos da Corrente, de ferro e de aço. Saravá!

Renato Reveles – Gira de segunda-feira.

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