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ENGOMA DO PAI MANECO FAZ AMALÁ EM HOMENAGEM AO SEU OGAN KAIAN

As engomas de todas as giras do Terreiro do Pai Maneco (TPM) fizeram, neste sábado (4), um amalá em homenagem ao Seu Ogan Kaian, que é o espírito, da falange de Ogum, protetor da Engoma do terreiro. Foram oferecidas músicas, velas, alimentos e bebidas neste que foi o primeiro amalá para essa entidade.

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“Esse amalá para o Seu Ogan Kaian é muito importante porque fortalece essa entidade e os nossos trabalhos espirituais, que dependem muito das engomas para serem eficientes”, lembra a Mãe Lucília de Iemanjá, dirigente espiritual do TPM.

UMA ENTIDADE DA ENGOMA DO TPM
“O seu Ogan Kaian é um espírito que veio pra gente, pro nosso terreiro. Não é uma entidade de incorporação, mas algumas vezes alguns médiuns receberam e ele nos manda algumas mensagens”, conta Mãe Lucília.

Quem explica essa história é o Pai Pequeno Lourenço “Lolô” Guimarães, que é o diretor musical e um dos coordenadores da Engoma do TPM. Ele contou a história para todos que participaram do amalá.

SEU OGAN KAIAN APARECE
“Aconteceu faz tempo na casa do Pai Fernando. Numa dessas vezes ele olhou pra mim e disse: tem um espírito atrás de você! E eu perguntei: quem é? E ele respondeu: não sei, mas parece estar soltando fogo pelas ventas, não está muito contente não”, relembra Lolô.

Depois, conta ele, o Seu Fernando lhe disse que o espírito era o Seu Ogan Kaian, responsável pela engoma do TPM. “E que estava bravo porque a nossa corimba estava uma bagunça e o recado era para melhorar tudo”.

(Você pode ler esse relato que foi publicado na Revista do TPM nº 4 aqui)

“O amalá serviu para afinar a harmonia do terreiro entre todas as engomas. Todos sentiram algo diferente e especial”, destaca Lolô.

“Seu Ogan Kaian desceu verdadeiramente emocionado, com tanta gente que atendeu ao seu chamado. Com tanta gente sem malícia e sem orgulho tocando com amor e devoção, como diz seu ponto”, completa ele.

ENGOMA É FUNDAMENTAL NOS TRABALHOS

Para Andréa Victor, que canta nas giras de quarta-feira, a homenagem das engomas demonstra o quanto os participantes estão comprometidos com o trabalho espiritual. “É a compreensão que a música está na essência dos trabalhos e no entrosamento com o pai ou mãe de santo que comandam”, disse ela.

Sentimento também compartilhado por Leonardo Macharette, que também faz parte da engoma de quarta-feira. “Ser parte da Engoma do TPM nos torna uma ferramenta de trabalho dos chefes, entidades e médiuns do terreiro. Tudo isso se concentra agora nessa entrega”, diz.

Todas as giras do TPM têm suas engomas e sambas. Elas estão sempre em contato e se reúnem periodicamente para trocar informações sobre o que se passa musicalmente no terreiro, como os novos pontos ou alguma nova batida.

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