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Jornal TPM 4º Edição

Quando começamos a imaginar nossa editora e nosso jornal, Pai Fernando nos deu a maior força e viajou como de costume em todas as futuras publicações. Foi atrás de impressoras de todos os tipos e já viu a coisa pronta antes mesmo de formarmos uma equipe.

Oque ele, e até nós, nem imaginávamos é que iríamos fazer uma edição especial pelo seu desencarne. COnfesso a todos que a dor não nos cala e que rever seus passos, muito mais que sofrimento, nos traz alegria. São tantas as histórias e as lembranças que nos divertem que nos dão mais garra.

Pai Fernando antes de ir visitou o Marcio Japa, como carinhosamente chamamos, e brincou:
“Quando você vai receber o Exu Sumô?”. Foi até Morro de São Paulo, na Bahia, fazer carinho na Aline. Visitou muitos, mas muitos mesmo. Chegaram notícias de sonhos, mensagens e encontros com ele. Lembrou de pessoas que nem mais lembrávamos.

Sua última música (metido o velho), falava de imortalidadeda alma. Ainda não estava doente e nem pensava que no ano seguinte sua letra estaria com seu retrato, anunciando sua morte. Lindo, sorridente, ao lado de sua profecia!

Quando doente, seu espírito não estava mais ali, tudo era estranho. Num certo dia, ele estava bem e nos falou: “Eu voltei, agora não tenho mais medo!”. A impressão que nos deu foi a de que ele deu um pulo até Aruanda pequisar se lá era legal. Após isto, cada vez menos ficou presente. FOi dia a dia deixando seu corpo e entrando quietinho nessa nova estrada.

Sobramos nós, deliciados com o carinho que recebemos com a festa que foi seu velório, com o calor desta corrente e com a certeza que continuaremos fazendo o que ele nos ensinou. Teremos o entusiasmo, a força e a ousadia que ele sempre nos mostrou.

Esta é uma edição com uma fatia desse homem, porque o bolo estará sempre fresquinho em nossas casas e em nossos corações.

Saravá
Lucilia Guimarães